sábado, 3 de novembro de 2012

Paraibuna no vermelho-terracota

Laerte


No começo deste ano, tinha uma faixa na Prefeitura comemorando o reconhecimento da cidade como uma das melhores gestões fiscais do país, conforme índice Firjan. De repente, estamos a dois meses do fim do ano e sem dinheiro! O que aconteceu?

A ordem na Prefeitura é corte de gastos. Todas as áreas estão sendo afetadas, como saúde, educação, obras, cultura. Estão reduzindo pedidos de exame, encaminhamentos médicos, cortando transporte de alunos para algumas atividades, pagamento de horas-extras, eventos educativos e confraternizações. Há boatos de demissão de pessoal.

Não há que se questionar aqui a qualidade do trabalho desenvolvido pela Diretoria Financeira da Prefeitura. Eles administram o dinheiro que têm, e são subordinados ao Prefeito – é ele quem manda.

Assim, como pode uma das dez cidades mais bem avaliadas do país em gestão fiscal, que viu sua receita aumentar coisa de 50% em quatros anos, ficar sem tostão?

Essa situação, infelizmente, é típica de ano eleitoral. Por quê? Podemos apenas especular. O que chama atenção é que até as eleições não se ouvia esse discurso de contenção de gastos. Era uma fartura só. E foi passar o período eleitoral para apertarmos o cinto...

Já estão espalhando aí que é o Governo Federal que não está repassando impostos. Que impostos? Para essas coisas tem lei, tem a Constituição. A Dilma não pode acordar e simplesmente cortar repasses para Paraibuna. Claro que ficaremos sem resposta oficial. Seria surpreendente a Administração Pública vir a público esclarecer o que está acontecendo.

ERRATA: Em texto anterior, acusei a cidade de não ter projetos. Temos: um projeto de poder.

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4 comentários:

Odair Pinhal Júnior disse...

"Claro que ficaremos sem resposta oficial" - Na era de total comunicação a adm pública paraibunense "foge" do que acontece pelo país e mundo afora!

Muito boa sua matéria, Parabéns!

Rogério Faria disse...

Cabeça,

Pois e. Em pleno século XXI, a nossa Prefeitura chama de transparência ferramentas da primeira metade do século passado.

Obrigado pela participação.

Abraço.

Joel Reis disse...

Não me assuta ter acabado a grana, tecnicamente ela tinha que sair da Prefeitura no primeiro semestre para garantir as urnas.O nefasto é a Guerra do silêncio, que é a arma para garantir o unico projeto do "rumo certo": se manter no poder. Conversa com populares só daqui a quatro anos, audiência pública em horario cidadão (depois das 19horas) pra falar a população, praquê? -Eles vota em nois! Abraço, exelente postagem, acho que a mão está desenferrujando e o estímulo a crítica cidadã, evidenciando. Parabens!

Rogério Faria disse...

Joel,

Valeu pela presença.

Abraço.

Rogério

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